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terça-feira, 9 de maio de 2017

O vôo da águia

Estavámos eu mais uma amiga conversando sobre a evolução do pensamento feminino, não a evolução histórica, com suas revoluções e o advento do feminisno, mas aquela evolução individual pela qual todas nós , mulheres, passamos no decorrer da vida.

Explicava-me minha amiga que gostaria de me ver escrevendo sobre uma águia, voando acima do horizonte, senhora de seu destino, de seus desejos e de seu caminho.

Imaginava, essa querida amiga, que o caminho que trilharei me levará a este vôo pleno.

O engraçado foi que começamos a conversar sobre meu estilo de ser, o qual procuro retratar em palavras. Analisando meu caminho sob este ponto de vista, posso dizer que tive alguma evolução. Lembro de ter-me comparado a uma pequena e colorida borboleta, ainda em maio passado; a seguir foi a vez de um beija-flor.
Se continuar assim talvez eu realmente chegue à águia em pouco tempo.

Só que minha águia seria fajuta. Uma águia que gosta de voar alto, mas que procura não uma vítima, mas uma companhia para a viagem de sua vida. Uma águia que não destroça sua presa, mas sim a mantém por perto: amada e em segurança.

O vôo da águia me fez perceber que existem outras possibilidades para encarar o papel feminino, mas o que faria eu com minhas verdades? Com minhas crenças? Como seria eu capaz de romper paradigmas que me foram passados desde a meninice? De jogar fora minha herança de boa menina? De virar a mesa e iniciar  uma nova partida, desta vez sem fragilidades, sem carências? Teria eu a coragem necessária para mudar? Seria mais feliz encarando a vida desta forma?
Não consigo enxergar-me assim, uma predadora, uma mulher capaz de agarrar sua presa. Nada tenho em comum com a águia, penso eu...a não ser o desejo de ver o céu, de sentir o vento no rosto e assim perceber que Há vida!

Mas prometo, amiga querida, que ao menos pensarei a respeito!